Celina P. Leão e Sílvia Araújo
“Cábula” e “Padlet”. O que há de comum entre eles?
8 Setembro
17 horas
Resumo
“Cábula” e “Padlet”. O que há de comum entre eles?
Já ouviu falar do professor que, em vez de proibir o uso de “cábulas”, incentiva ao estudante a desenvolvê-las? Fará sentido em ambiente académico?
Podemos ler com base num estudo de 2017 feito pela Universidade de Guelph, no Ontário, que quanto mais inteligentes os estudantes, maior a probabilidade de se valerem das cábulas na hora dos exames.
Sendo assim, parece fazer sentido falarmos e incentivarmos o uso de “cábulas” sem infração.
Vamos ver tudo isso descrevendo as experiências de ensino desenvolvidas por um grupo de docentes de diferentes áreas do saber, recorrendo ao uso de “cábulas” juntamente com o mural Padlet como ferramenta de aprendizagem e como um processo de construção do conhecimento.
O incentivo ao recurso de cábulas como uma ferramenta de aprendizagem, em vez de um auxílio de memória para exames, não é muito abordado na literatura. No entanto, o aspeto prático das cábulas pode ser traduzido por “enquanto faço, aprendo”. As cábulas desenvolvidas pelos estudantes são disponibilizadas num mural Padlet, aproveitando-se os benefícios que um ambiente digital colaborativo permite. Assim, temos o “fazendo” através das cábulas elaboradas por cada estudante, e o “aprendendo” através da disponibilização dos conteúdos num ambiente pedagógico colaborativo permitindo também um efeito competitivo saudável entre todos, melhorando as suas habilidades metacognitivas.
Palavras-chave: Aprendizagem colaborativa, Padlet, aprendendo fazendo, cábulas?
CV
Celina Pinto Leão é Professora Auxiliar do Departamento de Produção e Sistemas da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. Desenvolve a sua investigação no Centro de I&D Algoritmi nas áreas da modelação e simulação de processos, em técnicas quantitativas e qualitativas em engenharia e na aplicação de novas metodologias no processo de ensino-aprendizagem de métodos numéricos e estatísticos aplicados em engenharia, tendo estado envolvida em vários projetos financiados, quer como Investigadora Responsável quer como Membro Investigador. Seus interesses também incluem estudos de géneros em engenharia. Orienta projetos de doutoramento e mestrado nestas áreas, sendo co-autora de diversos artigos científicos publicados em revistas e congressos internacionais.
Sílvia Araújo é Professora Auxiliar do Departamento de Estudos Românicos da Universidade do Minho. Desenvolve a sua investigação nas áreas da Linguística de Corpus, das tecnologias aplicadas às línguas e das Humanidades Digitais, tendo estado envolvida em vários projetos financiados, quer como coordenadora quer como parceira. É Membro da Comissão Diretiva do Mestrado em Tradução e Comunicação Multilingue, Diretora do Mestrado em Humanidades Digitais e Coordenadora do Grupo de Investigação em Humanidades Digitais do Centro de Estudos Humanísticos.